quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A Importância do Mercado Livre: Portugal, Luxemburgo e França

Todos sabemos que um dos princípios base que levou à criação da União Europeia tal como a temos hoje, foi o desejo de um mercado continental livre, em que pessoas e mercadorias pudessem circular livremente na Europa, sem estarem restringidas por fronteiras administrativas ou alfandegárias. Um dos efeitos lógicos da existência de um espaço de circulação livre de mercadorias é a intensificação do tráfego das mesmas, que agora podem chegar a qualquer lado do mercado comum sem estarem sujeitas a nenhum tipo de controlo aduaneiro.

 Portugal aderiu à CEE em 1986, logo beneficiou com a sua entrada um aumento nas suas exportações e, em contrapartida, um aumento de nas importações, que comprovam que a integração num mercado único pode não só favorecer uma economia, mas também pode ter um efeito negativo como o aumento do deficit na Balança Comercial.

 
As importações e exportações portuguesas foram alterando, sendo que em 2010 (segundo a base de dados ‘Pordata’), os cinco produtos e serviços mais exportados foram: Serviço de transporte e armazenagem; Produtos têxteis, vestuário e de couro; Equipamento de transporte; Produtos alimentares, bebidas e da indústria do tabaco; Metais de base e produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos.

Em sentido contrário, as importações de maior peso foram: Equipamento de transporte; Minérios e outros produtos das indústrias extractivas; Produtos alimentares, bebidas e da indústria do tabaco; Produtos Químicos; Metais de base e produtos metálicos, excepto máquinas e equipamento.

Concluímos então que na economia portuguesa, para além dos serviços de transporte, as exportações de maior relevância estão assentes no sector I e II, sendo os bens industriais exportados de baixa tecnologia (roupa e calçado). Ao mesmo tempo verifica-mos então que, ocupando os minérios o 2º lugar nas nossas importações, Portugal encontra-se bastante dependente ao estrangeiro.
 

Luxemburgo: 
O Luxemburgo é um país com uma economia aberta e muito dependente do exterior, nomeadamente das economias europeias vizinhas.
A economia do Luxemburgo apresentou um crescimento estável e sólido, com uma média de crescimento na ordem dos 4,5% no período de 1995-2004 e de 5,6% entre 2005 e 2007. Em 2008 e 2009 verificou-se um decréscimo da economia luxemburguesa, resultado do impacto da crise económica mundial (-0,9% em 2008 e de -4,1% em 2009). 
 A balança comercial do Luxemburgo é deficitária, sendo que a sua posição não é relevante a nível mundial, nem como importador nem como exportador de bens, conforme demonstram os dados recentes publicados pela Organização Mundial de Comércio.
Em 2012 os principais clientes do Luxemburgo, no que diz respeito a bens, foram a Alemanha, a França e a Bélgica que conjuntamente foram responsáveis pela compra de mais de 55% do total dos produtos vendidos por este mercado.
 Nos últimos anos, os principais fornecedores do Luxemburgo foram a Bélgica, a Alemanha e a França,
que representaram cerca de 73% do total das importações.
 
 
Portugal foi o 21º fornecedor do Luxemburgo em 2012, tendo representado apenas 0,2% do total importado por este país. De acordo com os dados divulgados pelo STATEC, os produtos comprados em
Portugal registaram um decréscimo em 2012.
 
França: 
A posição da economia francesa reveste-se de uma grande importância quer para a União Europeia, quer para a economia mundial. Em 2011 a França ocupou a sexta e quinta posição, respetivamente, como exportador e importador a nível mundial. No conjunto dos países da UE27, foi o terceiro maior exportador, posicionando-se à sua frente apenas a Alemanha (1º posição) e a Holanda (2º).
 
O principal destino das exportações da França são: Alemanha 16,4%, Itália 8,2%, Bélgica 7,7%, Espanha 7,6%, Reino Unido 6,8%, EUA 5,1%, Países Baixos 4,2%
Já o principal destino das suas importações são: Alemanha 19,3%, Bélgica 11,4%, Itália 8%, Países Baixos 7,5%, Espanha 6,8%, China 5,1%, Reino Unido 5% (2009)
 
 
 
 No fundo, o que a UE faz a estes países é permitir que estes façam chegar os seus produtos aos mercados dos países vizinhos sem a necessidade de acordos prévios, ao mesmo tempo que expõe o mercado desses mesmos países à concorrência externa, o que pode resultar numa balança comercial demasiado deficitária, tal como tem vindo a acontecer com Portugal que aumentou as suas importações ao entrar para a UE.
 
     
Balança Comercial em %                 



 
 Toda a informação, de textos e quadros/gráficos foi recolhida de sites como:

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